Dos sermões

Uma dose de rosa 'choque' por aqui não faz mal né? ;)
Aqui, ali, acolá, na minha vida, no meu espaço. Raios, trovões e tempestades, por favor quero férias!
Como dizem, ressurgi das cinzas, meio 'enferrujada' pra escrever mas... vamo lá.
Tantas coisas aconteceram comigo nesses últimos tempos que nem sei por onde começar, mas como sempre escolho um foco pra cada texto meu, hoje eu pensei muito sobre perda e valor.
A gente só dá valor a algo depois que o perde, já diz a frase arcaica.
Mas pensei cá comigo: É sempre assim? Será que em nenhum momento de nossas vidas reconhecemos o valor de alguém ou de algo sem precisar perdê-lo? Essa frase está completamente correta?
É, podemos até reconhecer alguma coisa sem antes perder, mas não é um reconhecimento digno, não é tão intenso quanto o de alguém que conhece a dor da perda, é triste mas é verdade.
Por isso que nunca digo pra ninguém algo do tipo: é, eu reconheço. Prefiro pedir desculpas, o que já é um desafio e tanto pra mim.
De tantas perdas que já tive e zilhões de arrependimentos, infelizmente sou uma pessoa que precisa perder pra dá um real valor, que precisa tirar notas baixas e/ou regulares primeiro pra depois tomar vergonha e tirar as maiores notas, sempre. E olhe que me esforço muito.
Há algumas semanas, meu pai e minha mãe quase foram mortos, num atentado e num assalto, respectivamente. Esse pensamento me revirou o sistema nervoso, rolou uma taquicardia (pra variar) e um transe nada legal.
Hoje, os vejo com outros olhos, simplesmente. É incrível como sua visão muda, e automaticamente, suas atitudes. Hoje, os amo mais e só de pensar em perdê-los, perco o equilíbrio que quase não tenho.
Portanto, o meu sermão de hoje é:
Não espere perder pra dar valor, pode ser tarde demais e o arrependimento, inválido.



Obs.(mais uma vez): Aos meus textos e frases que circulam por aí, favor dar os devidos créditos.